Em 12 de outubro comemoramos o Dia das Crianças, uma data que vai muito além do ato de presentear. Ela celebra a infância, o senso de pertencimento e valorização, além de servir como um momento de reflexão sobre a importância de protegermos o pleno desenvolvimento das crianças. Por isso, vale ressaltar que o papel de proteção cabe à família, ao poder público e à sociedade.
Nos tempos modernos, a tecnologia tem feito parte da vida humana cada vez mais cedo, mas qual é o impacto disso no desenvolvimento infantil? A primeira infância tem grande importância no processo de desenvolvimento humano. Nessa fase da vida, são observados picos de desenvolvimento no sistema motor e cognitivo. Com a evolução tecnológica, temos acesso a diversos recursos, entre eles as telas, que proporcionam várias atividades e distrações. No entanto, esses recursos podem afetar o desenvolvimento das crianças.
Sabemos que nem sempre é possível blindar as crianças desses novos recursos, até porque os adultos têm um tempo de exposição às telas muito elevado, o que, por si só, já dificulta a limitação do tempo das crianças. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o uso de telas seja adiado, pelo menos, até os dois anos de idade, já que esse contato precoce pode causar impactos negativos no desenvolvimento, como: dificuldade de interação social, atraso na linguagem, prejuízo à visão e pouco estímulo à criatividade.
Caso a limitação total nessa fase da vida não seja possível, o ideal é que os pais e cuidadores façam uma seleção cuidadosa dos conteúdos, buscando aqueles que possam impactar positivamente o processo de desenvolvimento. Ainda assim, é importante destacar que, em geral, a exposição precoce às telas tende a causar mais efeitos negativos do que positivos.
Luciana Brunelli, Assistente Social da AssempBH