Após intensos debates e uma paralisação de 9 dias em fevereiro, os servidores concursados da rede municipal de Educação decidiram aceitar a proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura de Belo Horizonte. Com as reivindicações iniciais da classe negadas pela PBH, ficou estabelecido o reajuste de 8,04%, que será pago em três parcelas: a primeira, de 4,03%, em agosto; a segunda, de 1,82%, em novembro; e a terceira, de 2%, em dezembro. As demais propostas específicas que afetam a carreira, como as “horas de aperfeiçoamento” e a alteração no interstício de progressão nos casos de “Mestrado e Doutorado” não foram aprovadas por não atenderem o conjunto da categoria.
Apesar do acordo, o sindicato representante da categoria (Sind-Rede/BH) manifestou descontentamento em relação à postura da PBH nas negociações. Uma das reclamações refere-se à penalidade imposta pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a pedido da PBH, para suspender a greve. O sindicato seria multado em R$ 100 mil por cada novo dia de paralisação.
Também pesou contra a mobilização o prazo para a publicação do Projeto de Lei do Reajuste, que, em virtude do ano eleitoral, deve ser concluído até 5 de abril.
Na assembleia que definiu o encerramento da greve, realizada no dia 23 de fevereiro, lideranças da categoria ressaltaram que a mobilização será mantida mesmo após o fim das negociações, com a realização de atos de valorização dos profissionais da Educação.