O período de isolamento social causado pela pandemia levantou diversos debates sobre os impactos do ensino remoto no aprendizado das crianças, especialmente naquelas em fase de alfabetização. Olhando agora, em retrospecto, a influência do digital talvez não tenha sido tão danosa quanto se imaginava e, em certos aspectos, até benéfica. A visão é da pedagoga e doutora em Educação Chrisley Soares.
Segundo a profissional, apesar de as crianças terem sido prejudicadas em questões que só o convívio e interação direta podem propiciar, elas ganharam em termos de diversidade de ensino. “A tecnologia chegou e ficou. Então, ampliaram-se as formas de aprendizagem por meio de novas práticas”, afirma.
“Claro que ainda temos alunos que, por exemplo, já estão no 5º ano e não foram alfabetizados, mas que já estão passando por um trabalho diferenciado de ensino. Mas para aqueles que estão iniciando o 1º ou 2º ano, penso que só houve benefícios, no sentido de ampliar as possibilidades metodológicas no trabalho de alfabetização”, complementa.
Chrisley afirma, ainda, que persiste o preconceito na relação entre digital e alfabetização, mas que são elementos que se complementam. “A grande questão é a forma como utilizamos a tecnologia, porque ela está aí e as crianças precisam se apropriar dela”, ressalta a pedagoga.
A pedagoga Chrisley Soares já participou de um Bate-papo com a Comunicação com o tema “Desafios da Alfabetização”. A conversa completa você pode conferir no YouTube da AssempBH: youtube.com/assempbhoficial.